Atualmente, a qualidade de sono está cada vez mais comprometida em função da rotina agitada e da “falta de tempo”. Hoje, dorme-se, de maneira geral, entre uma a duas horas a menos do que há 40 anos, de acordo com estudos realizados com a população dos Estados Unidos. A proporção de jovens adultos com um período de sono inferior a sete horas por noite aumentou de 15,6% em 1960 para 37,1% em 2001–2002.
Essa diminuição de horas de sono acarreta diversas alterações no organismo e pode resultar, inclusive, em ganho de peso. Isso porque a ação de alguns hormônios relacionados ao apetite é afetada: há um aumento na produção do hormônio da fome (grelina) e diminuição do hormônio da saciedade (leptina).
Além disso, o cansaço gerado pela falta de sono leva a uma menor fidelização de práticas esportivas, o que também se relaciona ao ganho de peso. O aumento do tempo acordado também possibilita uma maior ingesta alimentar.
Importante ressaltar que vários outros aspectos estão relacionados ao sobrepeso e à obesidade, associados ao sono ou não. A identificação desses fatores e a abordagem adequada é fundamental para a manutenção de uma saúde equilibrada e sem os riscos decorrentes do sobrepeso e da obesidade.
Por: Michelle Nery – Fisioterapeuta Bhariátrica
Membro da SBCBM e IFSO