A videolaparoscopia representa uma das maiores evoluções tecnológicas na medicina bariátrica. O procedimento é minimamente invasivo e aplicável a algumas técnicas cirúrgicas, reduzindo, significativamente, os riscos, o tempo de duração das operações e de recuperação do paciente, garantindo menor chance de infecções. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica revela que, no tratamento da obesidade, 35% das quase 60 mil cirurgias bariátricas realizadas no Brasil em 2010 foram feitas desta forma.
Os dados da entidade ainda apontam que a realização de cirurgias bariátricas e metabólicas por videolaparoscopia dobrou em 2012, somando 54 mil procedimentos e representando 75% das cerca de 70 mil operações bariátricas. O médico especializado em cirurgia bariátrica, René Berindoague, afirma que esse crescimento se dá pelos diversos benefícios que a técnica proporciona e a mudança na legislação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Desde janeiro de 2012, a ANS determina aos planos e operadoras de saúde a oferecerem este tratamento cirúrgico menos invasivo, sem qualquer restrição aos portadores de obesidade mórbida, respeitando a decisão médica e o direito do paciente.
“As vantagens de se realizar uma operação através da videolaparoscopia são muitas, como a redução do tempo de cirurgia, diminuição do risco de infecção, menor incidência de hérnia no local do corte, até a volta às atividades normais em menor tempo. Esse é um método que proporciona mais segurança e conforto aos pacientes”, afirma o médico.
A internação para cirurgias com videolaparoscopia é, geralmente, de um dia e o retorno ao trabalho acontece em aproximadamente dez dias. A evolução tecnológica é um dos fatores que tem mudado o cenário das cirurgias brasileiras. A utilização da videolaparoscopia permite diversos procedimentos que podem ser realizados de maneira menos agressiva, tais como a retirada da vesícula biliar, como cálculos e pedras, além de hérnia do hiato, cirurgia do refluxo gastroesofágico, hérnia inguinal, procedimentos ginecológicos, como cistos de ovário, dilatação das trompas, torção de ovário e gravidez ectópica, além de urológicos, e operações nas articulações, como artroscopias.