A obesidade é fonte de vários tipos de problemas, não somente estéticos, mas distúrbios graves que afetam diretamente a saúde do indivíduo. Esses problemas podem aparecer precocemente, de modo que associado ao excesso de peso já exista uma repercussão negativa no funcionamento do organismo. Se o sobrepeso é evidente, deve-se recorrer ao endocrinologista para avaliar a possibilidade de instituição de um tratamento adequado, mediante dieta e/ou medicação específica.. Em todos os casos, devemos tomar medidas para corrigir essa tendência de ganhar peso. Dentre as principais doenças – comorbidades – que podem ser provocadas ou agravadas pela obesidade estão:
Outras divergências no tópico doenças associadas:
Problemas articulares
O excesso de peso causado pelo acúmulo de gordura sobrecarrega todo o organismo, e, em particular, afetando a coluna vertebral, pois pressiona as vértebras, podendo ocasionar hérnia de disco. É frequente o paciente apresentar dor na coluna e nas articulações dos membros inferiores, como joelhos e tornozelos.
Hipertensão arterial
O excesso de peso corporal está diretamente relacionado com a hipertensão arterial, como também o sedentarismo e o consumo exagerado de alimentos industrializados ricos em sal, pois ajuda a aumentar os níveis de pressão arterial e, consequentemente, os elevados riscos de cardiopatias (doença coronariana , infarto do miocárdio). Estudos demonstraram que a redução do índice de massa corporal proporcionada pela cirurgia bariátrica tem impacto significativo na diminuição da deficiência abdominal, na pressão arterial, na frequência cardíaca e no nível de colesterol ruim (LDL) e promove aumento do bom colesterol (HDL).
Diabetes
No Brasil, estima-se que mais de 11 milhões tenham diabetes. A epidemia de Diabetes tipo 2 está associada diretamente à obesidade, pois o estresse, os hábitos alimentares não saudáveis e a vida sedentária estão entre as principais causas. Pessoas com excesso de peso têm risco de desenvolver Diabetes três vezes maior que pessoas com peso ideal.
Problemas respiratórios
A apnéia do sono apresenta-se com maior intensidade em indivíduos obesos e superobesos e se manifesta como um forte ronco seguido de rápida parada na respiração, determinando má qualidade de sono, falta de descanso e sonolência excessiva durante o dia, causando irritabilidade emocional .
Outros problemas
A condição de obesidade grave está associada a outros problemas de saúde, como elevação dos níveis de colesterol e triglicérides (dislipidemia chamada); risco aumentado de embolia pulmonar por alterações de coagulação sanguínea; incontinência urinária; transtornos hormonais do tipo menstrual em mulheres; e até câncer uterino; de mamãe; intestino grosso e outros órgãos. Deficiências de vitaminas e minerais também podem estar presentes na obesidade. Distúrbios de natureza psicológica que afetam diretamente o indivíduo, sua autoestima, insegurança e um numeroso quadro de doenças, de difícil tratamento, surgem no paciente obeso.
A primeira recomendação para se livrar do excesso de peso é o tratamento clínico . Normalmente, após uma avaliação de um médico endocrinologista,excluídas as causas clínicas, será proposto ao paciente uma mudança de hábitos alimentares – que passa pelas escolhas do que será consumido nutricionalmente à reorganização dos horários das refeições; e práticas de atividades físicas – aumentando ou iniciando uma rotina de exercícios; e, em casos especiais, pode-se também propor o uso de medicação que otimize a perda de peso que possa facilitar as mudanças comportamentais.
Dando seguimento, pode ser solicitada uma avaliação com uma equipe multidisciplinar composta por nutricionista, ou médico com especialização em nutrologia; por fisioterapeuta, educador físico e psicólogo.
Todo esse acompanhamento inicial por especialistas tem o objetivo de conscientizar o paciente de sua relação com a comida e o que ela representa em sua vida e de trazer o entendimento de que a troca do sedentarismo e da má alimentação por hábitos mais saudáveis podem aumentar consideravelmente a sua qualidade vida.
Nos casos em que ocorre falha no tratamento clínico de obesidade ou ineficácia, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. O método é conhecido popularmente como “redução de estômago”, mas vai muito mais além disso. Existem várias técnicas ou tipos de cirurgias disponíveis, que devem ser aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), para uso e prática clínica, cabendo ao médico apresentá-los ao paciente e recomendar o mais apropriado e seguro para cada caso.
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Próxima data a ser definida
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, um dos critérios que determina se uma pessoa é obesa e se tem indicação para cirurgia bariátrica e metabólica é se o resultado do cálculo do seu IMC (Índice de Massa Corporal) é igual ou maior que 40 kg/m².
Fórmula do cálculo: O IMC é calculado dividindo-se o peso, em quilos, pela altura, em metros, elevado ao quadrado (peso / altura²).
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